Dar um passo para trás não significa que você falhou!

Por Carol Portiolli

Escritora da News do Minas de Propósito

por Carol Portiolli | Escritora da News do Minas de Propósito

Empreender é um ato que requer coragem, resiliência, paixão e muito foco no seu propósito pessoal e profissional. 

Afinal, os desafios são enormes – você sabe muito bem disso. Mas o orgulho de ver aquela ideia que surgiu em uma conversa despretensiosa saindo do papel é maior ainda.

Claro que a trajetória é cheia de altos e baixos, ganhos e perdas, cansaço e alegria, trabalho árduo, vontade de desistir e, ao mesmo tempo, continuar na jornada empreendedora.

Tudo isso traz uma autocobrança excessiva para sermos perfeitas. E aí achamos que dar um passo para trás significa que fracassamos. Mas não é bem assim. 

Às vezes, tomar essa decisão é uma forma de recalcular a rota para continuar empreendendo com propósito e sustentabilidade (para o negócio, sua vida financeira e saúde mental).

E essa reflexão veio à minha mente porque eu acompanho há anos o trabalho da Ciça Campos. 

Não sei se você a conhece, mas ela é uma empreendedora inspiradora, formada em Comunicação e que decidiu largar a CLT para empreender, fundando a Ilka, uma plataforma que traz, de forma integrada, o cuidado com saúde mental, física e nutricional. 

Aliás, todos esses temas estão relacionados à missão do trabalho dela como empreendedora e criadora de conteúdo.

Nos últimos tempos, ela comentou que precisou voltar para a CLT, mas que isso não significava deixar o empreender, que tanto ama, de lado. 

Inclusive, ela comentou que foi uma decisão para agregar ainda mais valor ao propósito da jornada empreendedora que tem trilhado há meia década.

E aí fiquei refletindo sobre esses ajustes que às vezes precisamos fazer profissionalmente – e o quanto isso não significa que falhamos ou que fracassamos em nossos objetivos.

Mudar de direção, largando a CLT para empreender ou voltando para ela, requer coragem e empatia com nós mesmas, para entender que o sucesso não se mede com a régua dos outros e que somos as únicas que podemos tomar essa decisão.

Aliás, é preciso lembrar que fazer um ajuste de rota não significa recomeçar do zero. Afinal, olha onde você chegou!

Cada passo e degrau conta. Cada cliente que você conquistou que te levou mais longe. E cada empreendedora que você impactou pode ter se inspirado na sua história.

No texto passado, eu falei sobre a vida não ser uma competição. Nesta, eu vou além: cada trajetória empreendedora é única, e só você sabe o quanto batalhou para chegar até aqui.

Então, se for preciso repensar o caminho em algum momento, por qualquer motivo que seja, lembre-se que toda a sua jornada valeu a pena, que outras mulheres estarão de braços abertos para te acolher e que o seu propósito impactou outras pessoas – assim como o trabalho da Ciça transformou a minha vida.

Com carinho,

Carol Portiolli

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