Você é merecedora das suas conquistas:

Por Carol Portiolli

Escritora da News do Minas de Propósito

por Carol Portiolli | Escritora da News do Minas de Propósito

Espero que você tenha passado um bom final de semana, seja descansando, curtindo, aproveitando família e amigos, lendo ou, até mesmo, trabalhando.

Preciso confessar que sou do time das pessoas caseiras em períodos festivos. Então aproveitei para descansar, ler um pouco, estudar e ficar com meu pet.

Mas vamos ao que interessa: o que desejo compartilhar com você neste texto não tem nada a ver com feriados ou finais de semana.  Bem… Talvez até tenha. 

Afinal, eu tenho pensado muito sobre algumas imposições que você, eu e outras mulheres vivenciam na sociedade, no mercado corporativo, no empreendedorismo e em qualquer outro tipo de ambiente.

Meu objetivo ao compartilhar estas reflexões é que a gente consiga, juntas e pouco a pouco, deixar algumas coisas para trás e viver com mais propósito, leveza e empoderamento.

Você vai ver que essas imposições sobre as quais tenho refletido acabam sendo tão sutis que permeiam a nossa forma de agir, pensar e viver diariamente.

Elas, inclusive, estão tão naturalizadas em nossa mente que nem sempre percebemos as bandeiras vermelhas, como o excesso de pedido de desculpas, a sensação de não merecimento, a síndrome da impostora, a rivalidade feminina (que deveria ficar no passado), o receio de ser incisiva profissionalmente (mas ser chamada de grossa) e, acima de tudo, o medo de envelhecer.

Quis falar sobre isso porque, nas últimas semanas, entrei em contato com duas notícias que mexeram bastante comigo: a primeira foi uma coluna da Folha de São Paulo que chamou as mulheres que foram ao Show do Backstreet Boys de trintonas, quarentonas e cinquentonas. 

A repercussão, felizmente, foi negativa nas mídias sociais, com críticas ao fato de que homens podem frequentar shows, mas as mulheres precisam ficar em casa, reclusas e dentro do papel que a sociedade espera que a gente assuma.

Tudo isso me mostrou que estamos acordando para as problemáticas relacionadas às caixinhas que nos inserem aos vinte, trinta, quarenta, cinquenta e tantas outras idades: sempre muito jovens para algumas decisões e muito velhas para outras. Quem nunca ouviu isso, né?

O que me faz chegar à segunda notícia: os comentários feitos sobre a aparência da cantora Madonna no Grammy de 2023. Foram mensagens e posts etaristas, machistas e, infelizmente, vindos também de outras mulheres.

Assumo que cada uma mexeu com uma vulnerabilidade minha, mas a da Madonna atravessou um lugar diferente dentro do meu emocional. 

Talvez isso tenha acontecido porque a Madonna é, para mim, uma referência de empoderamento feminino, já que ela conseguiu quebrar diversos tabus em décadas passadas, com coragem, paixão pela música e desejo de mudar um mercado que era, e ainda é, muito masculino e machista.

Quando vi a notícia nas redes sociais, acabei chegando em um Reels que mencionava um discurso feito por ela lá em 2016, quando ganhou o prêmio de mulher do ano pela Billboard. 

E aí eu percebi que precisava dividi-lo com você, pois ele traz a força e o poder de tudo o que o Minas de Propósito tem feito ao longo dos últimos anos. Olha só:

“Mulheres têm sido oprimidas por tanto tempo que elas acreditam no que os homens falam sobre elas. Elas acreditam que precisam apoiar um homem. 

E há alguns homens bons e dignos de serem apoiados, mas não por serem homens, e sim porque eles valem a pena. 

Como mulheres, nós temos que começar a apreciar nosso próprio mérito. 

Procurem mulheres fortes para serem amigas, se alinhar, aprender, se inspirar, colaborar com elas, apoiar e se iluminar.”

Essa passagem é de 2016, mas poderia ser de 2023. Afinal, nunca foi tão urgente as mulheres entenderem que podem, sim, assumir o papel que quiserem na vida.

Nunca foi tão importante enxergarmos nossas amigas, colegas de profissão e vizinhas como aliadas nessa jornada em busca de empoderamento, mais igualdade e coragem para conseguirmos dar novos passos, mesmo que a voz da Impostora diga que não somos capazes.

Quando percebemos que temos uma rede de apoio, uma palavra de conforto e um olhar de incentivo, relembramos o poder da sororidade e entendemos que somos merecedoras de felicidade, sucesso profissional, amor-próprio, um relacionamento amoroso saudável e tantas outras coisas.

Escrevo estas palavras e reflexões pra você, pra outras mulheres que chegarem até este conteúdo e, especialmente, pra mim.

Porque eu também preciso lembrar diariamente que não tenho que me desculpar por ser quem eu sou, por ter sido incisiva em uma reunião, por mudar de opinião sobre algum assunto, por querer recalcular a rota profissional ou por notar que o meu corpo não é mais o mesmo de quando eu tinha vinte anos.

E está tudo bem, porque viver é sobre deixar marcas e memórias nas outras pessoas e em nós mesmas. 

É sobre entender que não há problema algum em envelhecer, querer ir a um show de uma banda que éramos muito fãs quando mais jovens, largar a CLT para investir no empreendedorismo, continuar na CLT, aprender a dirigir aos 30 anos, ser mãe ou assumir que você não tem o desejo da maternidade.

Aliás, é justamente o que a Madonna disse: “nós temos que começar a apreciar nosso próprio mérito”. Afinal de contas, você e eu valemos muito a pena – e nossa trajetória merece ser celebrada. Não se esqueça disso!

Finalizo contando que este não era o texto que eu tinha planejado no meu primeiro rascunho, mas fico muito feliz de ter tido a coragem de mudar, pois essas reflexões que tenho feito nos últimos tempos podem ser as mesmas aflições que te atravessam neste momento.

Com carinho,

Carol Portiolli

Mais dicas para te inspirar:

Dica de leitura – Aurora, o despertar da mulher exausta: esta vai ser a minha próxima leitura – e as expectativas estão altas, pois ouvi falar muito bem desta obra. Olha a sinopse: acordar preocupada com as tarefas do dia. Otimizar a ida ao trabalho ouvindo notícias ou respondendo e-mails. Almoçar correndo pra ganhar tempo. E tudo isso sendo linda, bem-sucedida e gentil. Sorridente. Pra quem mesmo? 

Rihanna, Superbowl, maternidade e empoderamento feminino: o assunto do momento na última semana nas redes sociais foi o show de empoderamento feminino que a rainha Riri deu no Superbowl. Até teve post no Insta do Minas. E, para amplificar ainda mais esse assunto, compartilho com você uma coluna da executiva Lisa Dossi que fala sobre o evento com foco na maternidade.


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